Entretenimento

Cidade invisível – a representação do nosso folclore que sempre pedimos

Imagem ilustrativa da imagem Cidade invisível – a representação do nosso folclore que sempre pedimos
|  Foto: Foto: Divulgação/NetFlix
Foto: Divulgação/NetFlix

Desde que li Percy Jackson e os Olimpianos, livro que narra a história de um adolescente que se descobre semideus e é transportado para um universo lotado de monstros pela primeira vez, me perguntava o porquê de ainda não termos nenhuma obra, seja literária ou cinematográfica, que abordasse e valorizasse o nosso rico folclore dessa mesma forma.

Claro que nós temos O Sítio do Pica-Pau Amarelo, livro de Monteiro Lobato, mas eu ainda desejava algo mais direcionado ao público adulto, que trouxesse questões mais complexas e maduras. E apesar de esperar anos sem essa obra, finalmente ela chegou na Netflix, sob o título de Cidade Invisível.

A série de apenas sete episódios, com cerca de quarenta minutos cada conta a história de um detetive que investiga uma misteriosa morte, porém ele acaba no meio de um campo de batalha entre o bem e o mal envolvendo as criaturas do folclore brasileiro.

A produção original Netflix traz grandes nomes da TV brasileira, como Marco Pigossi, no papel do detetive Eric e Alessandra Negrini, interpretando a misteriosa Inês, além de contar com a autoria de Carlos Saldanha, que já nos presenteou com filmes como Rio e A Era do Gelo, sendo Cidade Invisível o seu projeto mais adulto.

Além da trama repleta de mistérios, a série chama muito a atenção pela sua fotografia e caracterização, mesclando a cidade do Rio de Janeiro com lendas do nosso folclore de uma maneira incrível e extremamente habilidosa, quase fazendo a gente acreditar que aquilo poderia de fato ocorrer na vida real, sem um exagero de efeitos especiais e lutas mega coreografadas, o que dá um toque real para a série.

Enfim, Cidade invisível é uma produção surpreendente que promete captar do início ao fim seus expectadores, trazendo mistério e cultura para qualquer pessoa que seja minimamente curiosa sobre o nosso folclore e esteja disposta a ver versões mais sombrias do Saci, Curupira, Iara e Cuca.

Formado em Letras (Português-Literatura) pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Jonny Salles é acionado pelo mundo nerd, que acompanha, debate e vivencia, seja numa roda de amigos, ou em seu canal do Youtube ‘Geek Barba.

< Mudanças na Secretaria de Meio Ambiente de Niterói Crivella tem prisão domiciliar revogada pelo STF <